Templo de uma poesia esquecida
Sou poema escrito no verso,
E, talvez o fogo queime as letras,
Ou quem sabe a água embeba a folha...
Então, pensei em tatuar a pele,
Escrever em códigos o lirismo da alma,
Mas, como imortalizar estando morto!
Fiz rascunhos à beira do mar,
E as espumas da praia varreram meu chão,
Ficou apenas molhado como os olhos em lágrimas. Nada mais!
Desenhei nas rochas na esperança de vê-la ano após ano,
Mais o tempo desfez também aquelas tatuagens,
Deixando apenas lembranças de um passado!
De tudo,
Restou-me apenas a poesia
Escritas nos rol
De uma memória congestionada!