RUIR
Um grão de areia
onde caiba a primeira
letra do meu nome.
pra ter posse da paz
que não reside nos altimurados
palacetes dos abastados.
E lá se vai o chão batido.
E lá se vai o meu telhado.
E derrocaram a murada
Desmoronando minha face.
E já se vai o meu futuro.
E já se esvai o meu passado.
Deglutir á seco os sonhos
Dormir para acordar desperto.
Cumprir com fé o ônus
E esconder-se do céu
num circunscrito de concreto.