Café da manhã
A nuvem desceu, escondeu os prédios
e cedo, a cidade se fantasiou de névoa
e a poesia, veio na hora certa, remédio
que alma acostumada toma, então voa
sem medo, gosto doce marcando a boca
café da manhã saboreado, impregnando
a vida, que feito uma formiguinha, estoca
os versos que vai compondo, imaginando
na junção das palavras, letras se misturam
almas se esbarram, desfilam, enfileiradas
derramando pensamentos que se costuram
entre linhas imaginárias, poesias bordadas.