SIGO
Um milhão de horas passam-se em poucos dias
E, frias, passam levando imagens, viagens interiores
Cores que se desbotaram em algumas palavras
e em alguns silêncios...
intensos, profundos e imensos.
Horas confusas, ariscas...
Faíscas de não sei o quê
Se esvaem agora sem deixarem pistas
Do quão insanas n’algum momento chegaram a ser
Mas a vida só é possível reinventada
Já dizia assim Clarice Lispector sabiamente
Reinvento um horizonte mais são, e sigo levada
Pela paz que tanto prezo a pulsar em mim.