Própria Vida!
Preciso urgentemente resguardar-me
Esconder as louças, os talheres, enfim
Fechar as cortinas, não revelar nem pensamentos
E atrás da porta trancar-me, escondendo as chaves...
Quero deixar de importar-me com os outros
Que me deixem abrir minhas asas e voar pra onde quero
Quero sentir, pensar, ser do jeito que sou e desejo
Deixem-me em Paz, é tudo o que espero...
Já sofri armadilhas, já fui tão ferida
Na verdade nem sei mais se amei ou se fui amada
algum dia
Preciso urgentemente calar minha voz
E ficar apenas dentro de mim, com meu silêncio
Fecho minha porta sim, não dou mais guarida
Ando desacreditada, decepcionada, ando na defensiva
Me tomam feito louca apenas, ou ansiosa compulsiva
Queria estar de malas prontas para qualquer lugar, até pra China;
Preciso urgentemente fugir das panelinhas
Das tantas palavras maldosas, atrevidas
Não necessito juntar-me ao que condeno
Nem fazer das outras palavras, as minhas;
Sim, estou cansada de tudo, cansada de mim
Cansada de manipulações, de cuidarem do meu caminho
Chega um momento que ou se dá um "Basta" ou se coloca
em segundo plano
E simplesmente não se vive mais a própria vida!