TENTE OUTRA VEZ
Quão inevitáveis são as reviravoltas da vida,
Nem sempre é dia de vencer, e o jogo que está ganho pode inverter,
Mas olhe pra frente, enfrente,
Às vezes não podemos evitar os sonhos de vidros,
Que quebram no primeiro agitar das correntezas,
Afogam-se nas lágrimas, e a dor parece ramificar pelo corpo,
A incerteza é um mal a se afastar, amarra, aprisiona,
A verdade um risco a presenciar, para as correntes liberar,
Espelhos refletem o que se vê, mas a realidade podemos distorcer,
A paz parece um ponto distante, uma ilha perdida ao longe, no fim de uma linha,
Alça voo nos sonhos, mas acordado não pode voar,
Despeça-se de ti, rasga-se, tire o velho, largue as mágoas que pesam demais,
Saia do raso, mergulhe profundo, corra, caia, levante,
Destrua preconceitos, abandone os orgulhos, receba o novo,
Se precisar, não tenha vergonha, volte ao início de tudo,
Sozinho ou acompanhado, sem se prender aos detalhes,
Se abrace com as flores, se misture as essências, leve apenas o essencial,
Seja dia e noite, sinta o medo e a coragem,
Mire em um alvo, e se errar, tente outra vez,
Sem pressa, o tempo é teu, você quem se dá,
Não petrifique conceitos, reinvente seus anseios,
E se no fim não conseguir voar, não se preocupe, teus passos te levará.