Poema de aluguel

Tijolo por tijolo vou subir

Cimento meu triunfo por aqui

Se há pedra sobre pedra, vou sorrir

Mais alto os meus olhos podem ir

Engana-se ao postergar assunto

Se era podre, então não muda muito

Me erra o pensamento, me atormenta

A tempestade vem que é violenta

Os artifícios eram para nós

Amanhecemos crus e mesmo sós

Podemos nos virar e ver

Um tal sonho que ostentas na cabeça

Que gira a manivela deste mundo

Surrealista, um dia tão profundo

Só há quem o nomeia vagabundo

Palavras se dispersam no papel

Centradas, sem saber a cor do céu

Rimadas, perplexas

Confusas, modestas

Um mapa talvez lhes faça falta.

Zizibs
Enviado por Zizibs em 12/09/2015
Código do texto: T5379166
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