Lua cheia

A dor

celebra

e canta sufocada

entre o ranger dos

meus dentes.

Lua cheia!

Tantos céus,

e assobios a esmo,

e amores de outrora,

sem pormenores, por menores que sejam.

Volta pro que é teu, moça,

que ruínas estão por vir

e a noite atravessa o olhar.

Te amo,

tanto, que fogem-me

a realidade

e a pornografia do luar.

Lua cheia!

E uns espelhos que

me atormentam a alma

sobre essa areia de amantes.

Cachaça?

Não!

Cama e adeus.

Marcos Karan
Enviado por Marcos Karan em 08/09/2015
Código do texto: T5374742
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2015. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.