Lua cheia
A dor
celebra
e canta sufocada
entre o ranger dos
meus dentes.
Lua cheia!
Tantos céus,
e assobios a esmo,
e amores de outrora,
sem pormenores, por menores que sejam.
Volta pro que é teu, moça,
que ruínas estão por vir
e a noite atravessa o olhar.
Te amo,
tanto, que fogem-me
a realidade
e a pornografia do luar.
Lua cheia!
E uns espelhos que
me atormentam a alma
sobre essa areia de amantes.
Cachaça?
Não!
Cama e adeus.