Observador
O olhar contempla a terra plaina, alinhada...
Por mãos que não se cansam, trabalhadoras,
Sábio, usa leveza da alma, ainda que calejada;
E o cansaço é esquecido, nos versos da aurora.
Nobreza que lhe cai bem, rei que sabe servir,
Filósofo espalhador de palavras em bálsamos;
Firme na fé, na esperança, administra o porvir,
Confiança cega, que embala seus belos cantos.
Destemido, partilhador de versos, e de talentos,
Seguro nas palavras desenhadas e nas guardadas;
Segue ora em rápidos passos, ora em mais lentos,
Observa, decifra enigmas, em linhas compactuadas.