Quem Vai Salvar A Cidade

Eu costumava ajudar o meu vício

Acreditando ainda ser eu mesmo

Miseravelmente desvisto por mim

Escalei depois de me afogar no fim

Talvez sem mim minhas criações sejam algo

Elas já produzem suas próprias sombras

Mas sozinhas não encaram o medo do claro

Que a doença aqueça minha dor e me mostre quem eu sou

Escutamos o que os escravos disseram

Falaram estar ainda partidos

Foi necessário empurrá-los para baixo

Pra descobrirem que a dívida é um mito

Mas pare de falar de outras coisas

Você procurou por um novo eu

Deixou-me sangrar sem saber que sou único

As paredes tinham pegadas, mas ninguém esteve ali

Sempre mentes mensageiras a iludir a tua

Nós somos os que ninguém vê

Nossas cicatrizes não são reais

Como alguém que fecha os olhos e não consegue ouvir

Cego, sinto a verdade comigo

Mas você nunca conseguirá encarar

Sugiro que não exista mais

29/08/2015

Marcus Mota
Enviado por Marcus Mota em 31/08/2015
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