Quem Vai Salvar A Cidade
Eu costumava ajudar o meu vício
Acreditando ainda ser eu mesmo
Miseravelmente desvisto por mim
Escalei depois de me afogar no fim
Talvez sem mim minhas criações sejam algo
Elas já produzem suas próprias sombras
Mas sozinhas não encaram o medo do claro
Que a doença aqueça minha dor e me mostre quem eu sou
Escutamos o que os escravos disseram
Falaram estar ainda partidos
Foi necessário empurrá-los para baixo
Pra descobrirem que a dívida é um mito
Mas pare de falar de outras coisas
Você procurou por um novo eu
Deixou-me sangrar sem saber que sou único
As paredes tinham pegadas, mas ninguém esteve ali
Sempre mentes mensageiras a iludir a tua
Nós somos os que ninguém vê
Nossas cicatrizes não são reais
Como alguém que fecha os olhos e não consegue ouvir
Cego, sinto a verdade comigo
Mas você nunca conseguirá encarar
Sugiro que não exista mais
29/08/2015