Sem ressentimento
Por vezes bom seria o se perder no nada...
Sem pensar, nem sonhar, nem viver ou sorrir
Alienar-se soberana, feliz, indiferente, calada
Sem mais escrever, sem ler, sem ficar, sem ir
Mas o nada então se enche de detalhes...
Se perde entre pensamentos e a tarde quente
Se encontra no tempo, em sinais e olhares
Acalma a dor de um coração que se ressente
Viaja em espaço curto, e espera a super lua
Linda, toda cheia, no alto daquela montanha
E a solidão permanece encrustada na alma nua
Mas sabe que amor também lhe acompanha.