Deserta

De sombra era sua veste

menina, moça

nada vertente.

Caminha de um jeito diferente

de perna bamba, descontente

Era a fumaça da chama,

coisa de quem ama.

Bailarina solitária,

De sonhos se embriagava.

Antes de ninar,

de tão leve que era,

faltava o vento carregar.

Mas de tão só que era,

faltou-lhe alguém pra amar.