Permita-se

Sem rebuscadas palavras vou seguindo, versando,

Que essa vida pode ser realmente como se mostra;

De risos, amigos antigos, outros que vão chegando,

Na poesia, que os dissabores reais, vai camuflando.

Permita que o aquarelar te atinja, faça teus quadros,

Na leveza das tintas, e sem muito aparato, me acho;

Por vezes, respinga no sapato, círculos e quadrados,

Ramificações que salvam o dia, o universo e espaço.

Singelas rimas, que trazem sorriso aos lábios calados,

Na poesia que grita, esconde impropérios, se agiganta;

Em frases, verbos, mas perdoa, se quando conjugados,

O erro for crasso, minha aula, é quando sol se levanta.

O olhar desperta, e a vida ilumina o dia, então saboreio,

Melhores palavras, e que me satisfazem assim que leio;

E café da manhã é manjar dos deuses, em leve adocicar,

Paladar agradece nas mãos que ofertam mais um versar.