Desencaixe
Às vezes sinto que algo me falta
Talvez a peça que me encaixaria nesse mundo irascível
Há uma vastidão de coisas que não consigo entender
Outras tantas que me recuso a aceitar
Que só posso ser eu mesmo o elemento estranho
Dentre tantos seres esturdiamente moldados
A habitarem a superfície normalidade
Mas que importa!
Antes o cilício do conhecimento
À insensatez da ignorância
Na apatia que rege os modernos tempos
Às vezes sinto que sinto demais