Confissão

de tanto ver o horizonte

fico tonto

tenho sempre comigo uma folha

em branco

e

sempre sinto falta de uma locomotiva...

quando saio por aí peço

benção ao pai e a mãe...

tenho (e quase ninguém sabe)

um jeito simples de ver a vida

e

sempre vou a um poema que nunca termino

em algumas tardes de outono

olho para as nuvens na procura

de qualquer inspiração...

vou à igreja aos domingos

na intensão de adorar... adorar... adorar

e

nada de pedir

sofro por um poema inacabado,

recobro de mim mil filosofias

e

tento ser hoje

aquilo que não fui ontem