CIÚMES

CIÚMES

Salta aos olhos, corações descompassados, amor taquicárdico, influência insana no âmago do belo,

Planta a intolerância e colhe uma torrente de incertezas,

Uma arma mal calibrada, mesmo assim fere desproporcionalmente,

A vítima – normalmente quem mais amamos,

Trajetória errática, fome por pelejar em tempos de paz,

Insano desejo de criar animosidades, ou se trata de um animosidade que cria desejos insanos ?

Qual é o remédio ou o veneno ?

Paracelso fala em dose,

Sutil diferença entre a vida e a morte,

O amor pode matar ?

Dependendo do substrato, gera ciúmes,

A podridão dos ossos no livro santo,

Sinal intermitente entre o polegar para o Éden ou para o Hades,

Roma já fez isso na carne,

Talvez um outro estímulo,

O egoísmo foi recrutado para esse exército,

Esse é um aliado de altíssima periculosidade,

A tolerância pode amenizar potencial algoz,

A loucura e a genialidade, amor e ódio são equidistantes por sinapses,

Afinal entre 0 e 1 há uma eternidade,

Sentimento desprezível, as sinapses são bolas de golfe entre montes,

Nesse campo não há flores,

Há árvores frondosas e sol para alimento,

Mas, não há folhas,

A planta resiste, mas as setas que nela incidem,

Cria-se o anel de Malpighi,

O inchaço se forma, parece estar opulenta,

É a visão contusa da incapacidade de nutrir o amor,

Logo os frutos também perecem,

Por sorte as sementes possuem a nucela e podem encontrar solo produtivo,

E com o adendo do vigor da juventude,

Controla a dose, um elixir, sapiência, regozijo, cálcio para ossos novos,

Quando tudo tende à entropia, uma nova teoria surge,

Viva e deixe viver,

Não é uma prática antiga sufocada por modernismos caóticos,

De vícios e manias corrompedoras de uma vida fácil de se lidar,

Onde pela frequência se tornam normais, e nós os antigos normais, anormais. Os desviantes.

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