A barata e o fim...
De kafkianos tempos ancestrais
Onde aparências não mostravam essências
Tiro forças, coragem, esperança
Minha couraça é forte
Minhas asas me elevam
Apavorando incautos
Sei que, em um fim próximo
Já pressentido, anunciado
Aqui estarei, aqui permanecerei
Por fim, ainda, depois
Dos teus alimentos, farei abrigo
Do teu dinheiro, possível comida
Nos teus escombros, ainda morarei
Em um planeta que termina
Tenho forças para (um pouco mais) ficar
Qual é o fim desse astro, sem própria luz??
Congelamento polar? Forte calor? Caos nuclear?
Rio. Meu pensamento, desvio.
Mesmo sem mais testemunhas
Por minutos, horas, dias
Reinarei abastada, absoluta
Até que o MEU fim, posterior aos seus
Conseguir, finalmente, me levar...
20/07/2015
17h 00min
Meu blog: http://jdieckmann.blogspot.com.br/