DESAGREGADOS

Transbordando

Desde a última estação

Pelos becos estreitos

Numa passagem sem fim

Desagregados da história

Sem nenhuma ilusão

Como amarga memória

Sobre a poeira do chão

Conduzidos aos baques

Dos indigestos açoites

Se derivam assim

No vazio das noites

Alocados no escuro

Onde hiberna a muralha

Sem estima ou valor

Entre a cruz e mortalha!

Autor: Valter Pio dos Santos

30/Jul/2015

Valtin Kbça Dipoeta
Enviado por Valtin Kbça Dipoeta em 31/07/2015
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