Uma Rosa, Um Punhal
Será que terei a honra
De acolher uma rosa?
Ou apenas a dor penetrante
De um velho punhal?
O que irá suceder
Depende, simplesmente
Do caminho que
Eu irei percorrer...
Há rosas, há flores
Há um bálsamo rubro vermelho...
Há sangue, há morte
Há um bálsamo rubro negro...
Em todas as possibilidades
Visto que um aroma percorre meu ser
Visto que o sangue em minha garganta arde
Terei eu uma doce agonia...
Porém, lhe digo de forma serena
Não consigo saber
Que gosto isto terá...
Será doce, amargo, azedo..
Em verdade eu afirmo
Em caso algum tamanha será a agonia
Que o gosto seja de forma tão forte
Que o torna inexistente, indiferente, insuportável...
Oh, rosa, almejo seu bálsamo
Mas se terei de receber
O gosto desse punhal
De forma digna e bela...
Fecharei meus olhos
O sangue se torna negro
E um vivente coração
Tão vivo como sempre foi...
Se recusa a bater
Sendo a culpa de um cheiro
Tão cativante
De uma bela rosa...
Da qual prometeu cuidar
Até o seu ultimo sopro de vida...