Bailado
O dia caminha para o fim,
uma dança circular se repete na parede,
a noite caminha para o fim,
outra dança...
Perdi qualquer começo.
O fim agora é o tudo
E que fique tudo por isso mesmo!
Que as pessoas e as passagens
sejam, enfim, como poemas.
Um delinear de sentimentos,
uma dança, conversa de versos,
e ponto.
Ninguém nunca decifra um poema!
E ainda assim, há poesia,
e ainda assim, chega o fim...
Outro vem,
aqui,
e lá,
um dia,
agora,
depois,
no sempre,
a espera,
latência...
O oco do nunca mais.
O corpo a corpo com o desconhecido
quando se está no centro de um furacão
e não há luz.
Furacão dança movimentos rápidos,
e movimento é presente da vida...
Rodopio.