Surpresa: quem é ela?
Aquela que nos traz
a medida da incompletude.
O que seria de nós
se não fosse ela?
Estaríamos condenados
a um eterno frenesi
de paixões e tédio,
alternados e sem sentido.
Estaríamos em constante
falta de rumo e de
compreensão do nosso
mundo e o dos outros.
Estaríamos fartos de
dormir e acordar.
E, ao mesmo tempo,
em euforia desmedida.
Estaríamos destemperados,
numa grande bolha de
desespero e dor,
alegria e furor.
O que seria de nós
se não fosse a consciência?
Mas que lástima,
nós não a temos...