imagem: Ana Bailune
Se eu Fosse
Olhando para trás,
Buscando a vida na memória,
Vejo os restos que ficaram nos trilhos
Depois que o trem passou,
E penso:
- Ah, se eu fosse me importar!
Espadas e dentes,
Navalhas e pentes,
Os caules sem flores,
As contas caídas
Dos colares arrebentados
Da vida!
Só ossos e restos,
Que já nem mais cheiram,
Que já nem mais falam,
Bocas ressequidas,
Dedos desmanchados,
Peles carcomidas,
Almas que voaram,
Outras que ficaram
E que se perderam
Nas tramas furadas
Dessa estranha vida...
Se eu Fosse
Olhando para trás,
Buscando a vida na memória,
Vejo os restos que ficaram nos trilhos
Depois que o trem passou,
E penso:
- Ah, se eu fosse me importar!
Espadas e dentes,
Navalhas e pentes,
Os caules sem flores,
As contas caídas
Dos colares arrebentados
Da vida!
Só ossos e restos,
Que já nem mais cheiram,
Que já nem mais falam,
Bocas ressequidas,
Dedos desmanchados,
Peles carcomidas,
Almas que voaram,
Outras que ficaram
E que se perderam
Nas tramas furadas
Dessa estranha vida...