Vou seguindo...
Nas palavras lavo minha alma cansada
Digo, desdigo, abro o verbo
Nessas folhas, vão muito de mim e algo dos outros
Nem sei se sou toda razão ou se há fingimento
Nem sei se ainda falo do coração ou se apenas falo e
já nem sinto
Um silêncio pode valer ouro em certos momentos
Mas em muitos outros pode ser falta de razão, covardia
Nas palavras sou tão eu, que por vezes penso que não sou
Pensante sou todo tempo, saio até do chão
Errante, sou demais e quem não é?
Nas palavras viajo por horas sem sair do lugar
Vou longe
Há momentos incertos, que até no falar, escrever, ainda
não sei se coloquei tudo
Mas sigo minha viagem, seja boa, seja ruim
Sou dona, elas me pertencem
Não tenho que agradar ninguém
E assim vou seguindo....