NEGRA NOITE
Ando vagando na noite negra
Como se nada tivesse mais para fazer.
Não sei mais onde possa haver uma entrega
de almas que já não sabem mais viver.
Há muitas deitadas nos becos e esquinas
Homens, mulheres, meninos e meninas
Jogados a esmo no solo gélido,
Nos cantos fétidos
Da degradação humana.
Quantos passam e escarram sua indiferença
Zombam dessa doença
De estar desacreditado de si mesmo
Cada deles é um grave enfermo.
Na negra noite a hipocrisia impera
Uma doença venérea corre em suas veias.
- Sentir orgasmos na dor alheia .
Vida que se degenera.
Feridas tanto no espirito como na matéria.