FILOSOFIA

Nunca fui dado a grandezas

Sou como um rio estreito

Sem correntezas

Ando pelo chão, sou terreno

Tudo em mim é rasteiro

Meu vôo é pequeno

Tampouco sou profundo

Transborda em mim

A dores do mundo

Não sou de dar lições

Desentendo a vida

Muito mais suas razões

Não procure em mim claridão

Minha alma é beco

É oco, é escuridão

Não tenho filosofia

Bebo o silêncio

Que jorra no dia

Desacredito da religião

Somente eu tenho a chave

Da minha salvação

Recusei os convites da ilusão

O tempo fecho as portas

Do meu coração

Celio Govedice
Enviado por Celio Govedice em 17/06/2007
Reeditado em 06/10/2009
Código do texto: T530457
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