UMA SENTENÇA CHAMADA TEMPO
Quanto valia um amor?
Houve tempos em que o amor valia um sorriso sincero,
Um abraço que confortava nos momentos de desventura,
Ou o encontro de dois corpos apaixonados nas noites frias de inverno.
A alegria de ouvir ao fim do dia a voz ao pé do ouvido,
Um olhar reluzente como o brilho das estrelas,
Uma mão na escuridão da noite a te guiar,
E o festejo compartilhado nas alegrias.
Mas alguns o valoraram compatível ao tempo que não voltaria mais,
No medo da solidão nos últimos dias,
O quanto disponibilizava de recursos,
Coisificando o que só se deveria sentir.
Distantes de si mesmos, sem saber seguir, sem saber voltar,
Em um espaço vazio, entre a terra e o ar,
Preenchidos apenas por uma solidão,
Ausentes de uma cumplicidade que o dinheiro não podia pagar.
No espelho do tempo o que queres ver refletido?
Nos últimos dias pouco importará as opiniões dos que te rodeiam,
O acerto de contas será entre o teu reflexo no espelho e as suas escolhas,
Tudo lançado na balança da vida, em uma sentença chamada tempo, decisão irrecorrível.
E se pudesse voltar ao tempo, o que você mudaria?
Quais erros consertaria, por quais estradas seguiria?
Em quais momentos deixaria o medo de lado e arriscaria?
O passado não poderá mudar, mas o hoje é sempre uma oportunidade de recomeçar.