A PERGUNTA OU A RESPOSTA

A PERGUNTA OU A RESPOSTA

Profundo vazio, ausência de matéria

Megatons da criação se manifesta incólume,

Antagonismos da matéria se perpetuam,

Mitocôndrias espaciais geram aquilo que nem se cria ou destrói,

Não se trata de inconformidade,

No vácuo estéril, a vida brota inconteste,

As fusões são recalcitrantes,

Luzeiros aparecem como lampirídeos,

A fotônica se estabelece espantando as trevas,

Mesmos elementos primordiais do profundo vazio agora são gregários,

Exuberância e especificidade para a vida,

Um duto que pari inúmeras almas,

Ou não há almas dentro de tais criaturas ?

Será o homem o privilegiado e o assassino?

Ora, quem é desalmado por seus atos ?

A onisciência não nos coube,

A empáfia, sim,

Estranha analogia,

Nascerão laranjas das vinhas ?

Ou ainda, um coelho de uma naja ?

O que aconteceu com nossa verdadeira descen(cia)dência ?

E os nossos iguais ?

Live and let die ?

Shakespeare, em sua dúvida, ou na sua certeza,

Como estará a nossa vã filosofia ?

A escolha foi feita,

O que nos aguarda, se tudo há início, meio e fim ?

O mundo foi feito para mudar ?

Ou temos que prosseguir aos outros alhures?

Atroz dúvida que irrompe na forma de um estupro,

O benefício da dúvida aqui não é sensato,

Não há insólita percepção, é um sentimento,

Igual ao barulho do silêncio,

Coisas quase paradoxais nos afligem,

Pelo contexto apresentado, surge a dúvida da mortalidade e da imortalidade,

Tudo tende para o infinito ?

É plausível uma reflexão ?

O homem veio a ser uma alma vivente ou apenas a ter uma alma ?

Por que onde jaz corrompido nascem flores ?

É a essência da vida, sem uma dada morfologia ?

São dogmas que nos confundem ?

O que ganhamos com a resposta ?

É plausível uma reflexão ?

É plausível uma reflexão ?