Paredes..
Pois não, só sei dizer cantando.
E que as paredes me sufoquem com suas tintas fortes, todas as vezes em que, por um devaneio, me colocar a costurar essas lembranças, em mim.
Que eu me porte como uma parede, com camadas mal niveladas a ponto do caimento de pintura se não ajustar perfeitamente, que os erros se revelem de vez.
Desejo ser como tais paredes. Mudas, presentes, ainda que fragmentadas, atentas e débeis por verem tanto e se mostrarem cegas e vivas num mesmo paralelo.
Talvez deva eu, ser como a terra em solo ardente e descoberto, sempre pisada por pés tão fracos-fortes, e de fato, corpos erguidos por ventos pobres, e que só vivem por não lhes restarem outra melhor opção.
Juro que não passo de um nada desconhecido e sem remetente, que deseja ser tudo e até o próprio amanhã tão perto quanto a pele, tão longe quanto as memórias da pele.