Cobertor de sonhos
Frio, um arrepio
Um gelo na espinha
Uma vontade de deitar
Um desejo de amar
Se aconchegar em abraço quente
Sem pressa
Sem medo, sem segredo
Frio, sair correndo
De braços abertos
Chegar ao mar
Entrar em êxtase
Sem se molhar
Banhar os olhos
E novamente amar
Frio, um grito dentro
Um vento fora
Viver o agora
Por um momento
Ser o centro
Do mundo criado
Pela razão da própria loucura
Que não necessita de explicações
Frio, só eu sei
O que me empresta
O som que embala
A ideia de ser
Sem medo da sua confusão
Que ainda anseia entendimento
Frio, deixa prá lá
Vem e se enrola
No meu cobertor de sonhos