Poema dos 32 tempos
Dei mais um ano à época que vivo;
- em troca ganhei rugas e mais dúvidas,
os anos enrufou-me a carne e suavizou-me questões.
- O tempo é simples:
- sempre esteve na goteira da torneira da pia esquecida
e impregnado na ferrugem das lembranças
inesquecíveis...
As dúvidas, nem todas são sanadas!
e os amores, nem todos esquecidos.
Caminhamos juntos, quase sempre,
em um caminho pouco tortuoso,
onde os sons dos cucos, são as pegadas –
impregnadas com pistas de onde fui e o que sou...
O tempo é assim, nem tão cruel, nem tão piedoso;
se diverte com a galáxia tão como uma criança
no parque ingênuo da existência,
ou um senhor, coando o café, no mesmo universo convexo!
(Douglas GC) 07/08/2013