É preciso esquecer
Não quero da doença o esquecimento,
O quero por si só, afago aos tormentos;
Nada de pena e dó, nem entristecimento,
Nem o querer ficar só, não aos lamentos.
Quero a leveza de minh'alma antiga,
Cicatrizes que se façam imperceptíveis;
Tatuagens camuflando a dor que castiga,
E somente verei, minhas dores invisíveis.
Quero o sorriso sincero diante do espelho,
Ofertando alegria, agradecimento pela vida;
Não quero mais os verdes olhos vermelhos,
Que as dores sejam finalmente esquecidas.