Musa, perdoa-me
Não! não me queiras tanto! - É impossível
reavivar essa luz que se extinguiu
na convulsão do temporal horrível,
em que minh`arte soçobrou, sumiu...
Há no meu astro a derrocada incrível
que um abalo fatal me produziu...
Meu gosto de escrever se diluiu...
Perdoa-me, se podes! - É impossível.
És digna de melhor felicidade.
- E o que sou afinal? - Aberratório
remanescente dessa adversidade...
Depósito de complexos que mordem
a inspiração do menestral inglório...
- Um punhado de nervos em desordem.