Iludido
Prega um prego na testa e
Empresta o dedo de seta
Come as sobras
Se contenta com o que resta
A besta te enganou
Tu engoliu o todo o amargo
Regogitou abestalhado
Iludido e drogado
Com o cheiro da fogueira
Que cozinhou teu cérebro e
Também seu coração
Ai que dó da tua sina
Da tua febre de escolhido
De cidadao bem resolvido
Amarrado e perdido
Vazio, sem cor, sem amor