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Música***Cavalgada (Eduardo Lages)


VOZ QUE CALA
 
Madrugadas solitárias brisa no rosto
a tocar Saudades das palavras amenas
carinhosas a vontade do beijo fugaz
molhado voz que cala transcende
em inspiração impulsionada pela
eternidade absorvida no tempo.
 
Brisa que chega com o amanhecer
como uma flor desflolhada de
pétalas desfeitas sorriso emudecido
em lençõis de desejos leito de paixões
vestes noturna fino tecido da noite.
 
Lágrima cala baixo escorre na face
assolando sonhos palavras proferem
destroçam e soam nos ouvidos vento
a soprar num roçar dolorido um
suspiro errante murmúrio calado.
 
Sombras que vagueiam indóceis
pelos vertices da alma sombras
funambulescas na solitude noturna
dentro do peito um vazio calafrio
começa a desenhar lembranças
 
A pequena graúna canta solitária
os versos se perdem e as palavras
nao saem semeiam o silêncio.
 


Rosa Righetto
Enviado por Rosa Righetto em 02/06/2015
Reeditado em 02/06/2015
Código do texto: T5263291
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