MAL DO SÉCULO

Uma vez eu me perguntei

São os homens como círculos na água

Giram, giram e se aos poucos se perdem

E se deixam ser levados para o nada

Nesses últimos tempos

Descobri que sofro do mal do século

Confundo angustia com dor

Mas elas se parecem tanto

E eu aos poucos fico tonto

Precisando de um abrigo

Um abraço de amigo

Preciso tanto de ti

Assim como precisas de mim

Preciso viver

Mas não sei a ti

Pois a vida é uma tragédia grega

E não tem nada de engraçada

O riso é abafado por lagrimas

Que caem dos mesmos olhos que já viram as maravilhas do mundo

Nem mesmo um anjo é capaz de me confortar

Mesmo na solidão e dor que me encontro

Me sinto estranho

E essa dor eu sei que passa

Mas e a dor que vem amanhã ou depois

Será que passará?

Me sinto indiferente

Me pergunto porque tudo deve ser assim

Porque o vento gelado machuca os ossos

A carne e o espírito

Que enigma

Me frustro ao pensar na eternidade

E me conforto em saber que estou vivo

Se eu for para o inferno

Sei que terei amigos lá

Se eu for para o paraíso

Sei que terei amigos lá

Não importa onde quer que eu vá

Apenas quero ser bem recebido...

Mauricio Rocha
Enviado por Mauricio Rocha em 01/06/2015
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