ALTOS e baixos

Saia rodada

pernas e seios à mostra

e os olhares tantos,

sei do que gosto.

Faço amor com as estrelas,

com o Sol,

fura -bolos e mata-piolhos.

Sou meio atrapalhada com as coisas do corpo.....

Simples na entrega

enlouqueço fácil.

Quando solitária,

choro,

olho pro deserto em mim,

imploro que haja dobras na vida

que more cá dentro algum anjo que não me deixe subir em cima da mesa e nem olhar para trás

Emoção é coisa fina,

arrasta-me para o fundo onde há reza e devoção

e pulso e sangro e me perco ......

Sei de tudo do que sou capaz.

Vivo mentiras e culpas.

Todo dia tem seu preço e pago.

Pago ao sol,vento, luar, água, telefone e até quando perco a vontade de morrer querendo viver!

Traduzo o destino, sigo sem acreditar na fina flor, o caminho da felicidade.

São tantas trilhas que me rondam, fazem-me brincar de ser gente, calam meus gritos, encurtam caminhos pra poder retornar....

Amanhece.

Mergulho em águas frias, quero o pulsar de corações abertos.

Ando quase sem rumo pra ver se o sonho terá fim.

Dói por dentro.

Mesmo assim acredito que há esperanças com vistas grossas.

Parece que me viciei em sofrer e termino este poema sem espaço dentro de mim.

Arana do cerrado
Enviado por Arana do cerrado em 31/05/2015
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