Desperdício
Eu me perco nas palavras
Nos atos
Nas omissões
Eu me encontro em algum ponto
Num conto
Nas imaginações
Restrinjo-me quando não devia
Nas vias
Na vida
Eu me julgo à revelia
De minhas fantasias
Conduzo-me sem consciência
Numa incompreensível paciência
Choro o leite derramado
Na trilha deixado
Filete expelido de sonhos
Sugados pelo solo e pelo sol secado
Rumo a um indefectível manancial
Que a cada dia me prova sua existência
Mas que em detrimento de tudo
Duvido ainda