São Paulo

E eles andam

Não se tocam

Não se olham

Quem são?

-Não posso saber

Tenho pressa!

Os vejo do alto

Contemplo seus passos

Analiso seus traços

São todos humanos

São todos estranhos

São todos iguais?

O que querem?

Um éter!

Etéreo efêmero olhar

Que ali estava

Nas escadas

De uma antes Moderna

Onde os sapos cantavam

E quis ser antropofágica

Agora dormem em delírios

Homens cambaleantes

Que na fissura

Entardecem

E da noite fazem seu dia

Nas brumas que entorpecem

Madame F
Enviado por Madame F em 24/05/2015
Código do texto: T5253204
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2015. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.