O tempo caminha lentamente...
Orgulhoso
Sorriso esboçado
Debochado
A nada se prostra, ao contrário.
Jamais acompanha o passo da mente
E eu
Num verso que me atropela impaciente
Sufoco outro verso que poderia emergir por outra vertente
Queria poder o poder do tempo
Controlar meu passo rápido ou lento
Meu pensamento solto ao vento
Num insano e incompreendido verso urgente
Sem o som deste ponteiro insistente
Aguda araponga em minha mente :
O tempo não sente
O tempo não sente
É este deus frio e meu senhor ironicamente
Dos sacrifícios oferecidos
O que mais o deixa contente
É meu olho embrulhado em presente
Procurando eternamente o passado ausente
Frente tal visão sorri maldosamente
Enquanto ouço este som constantemente :
O tempo não sente...
O tempo não sente...