Estremeço
Quando vejo a vida estaciona na casa do sofrer,
Chego a estremecer.
Lembro-me do gosto
Dos vincos no rosto.
Parece que o ruim
Nunca tem fim.
Se pudesse pouparia a todos
De todos os desgostos.
Quanto mais vivo,
Mais insisto,
Que a existência se minimiza,
De alguma forma se atrofia,
Mediante a tristeza
E sua total carência de delicadeza.
A meu ver, todo sofrimento
Poderia, ou, deveria, ser eliminado.
Para sempre, exterminado.
Prefiro os frutos dos outros sentimentos.
Os que refletem melhor
A luz maior,
Sem dar margem a interpretações,
Ou, distrações.
Quando supero uma dor
Imediatamente, me volta a cor,
A disposição,
A paixão.
É sob a alegria
Que entro em "Ardentia".
Percebo os brilhos,
Os sublimes juízos.
Desando a cantar
E a abraçar,
Verdejando,
Velejando
Nos limites encantados,
Que me exigem alado.
"Não vou viver como alguém que só espera um novo amor"
https://www.youtube.com/watch?v=eeDE3uq5EWE