Libertação

Sentado no carro,

o poema na mão,

o horizonte nos olhos,

a alma na imensidão,

pensei num verso,

numa palavra,

peguei letras,

misturei a pontuações,

acentos

e

vivi.

Quando acabei,

ali

estava

um pedaço de mim:

minha consciência

esculpida em letras

finitas

para dizer ao poema

que a vida não

tem

versos,

mas linhas

e espaços.

*Texto selecionado para integrar o número 32 da Revista Gente de Palavra, de Porto Alegre-RS.

Ronaldo Junior
Enviado por Ronaldo Junior em 13/05/2015
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