PALAVRAS PORPOEMAS
tudo PODES tudo
Há poderes invertidos, irrestritos, imemoriais dentro de cada um, e tece a malha fina do existir, o poeta percebe e reinventa essa tecitura. Palavras são asas da gente, da mente.
tudo SABES tudo
Há saberes incontidos, benditos, sensoriais dentro de cada um, e rompe a malha firme do parir, o poeta recebe e alimenta essa tecitura. Palavras são braços da gente, na gente.
tudo QUERES tudo
Há quereres retidos, contritos, materiais dentro de cada um, e trança a malha forte do porvir, o poeta concebe e ausenta essa tecitura. Palavras são pés da gente, com gente.
tudo PEDES tudo
Há pedidos deglutidos, prescritos, triviais dentro de cada um, e rompe a malha rota do sentir, o poeta embebe e comenta essa tecitura. Palavras são corações da gente, para gente.
tudo ESQUECES tudo
Há esquecimentos aquecidos, proscritos, sociais dentro de cada um, e risca a malha rubra do mentir, o poeta bebe e aumenta essa tecitura. Palavras são rimas da gente, em gente.
tudo CONSEGUES tudo
Há conseguir repercutidos, pretéritos, joviais dentro de cada um, e doura a malha lúcida do surgir,o poeta calebe e fomenta essa tecitura. Palavras são provas da gente, ou gente
tudo PROSSEGUES tudo
Há prosseguir regidos, eruditos, cruciais dentro de cada um, e mancha a malha alva do porvir, o poeta concebe e implementa essa tecitura. Palavras são ausência da gente, à gente.