Mauriana

Se eu pudesse eu salvava Mauriana

Do seu sorriso cândido de desespero,

Do seu grito estridente em lampejos,

Que é encanto, quando sua voz desanda.

Um trago, um gole,

Antes do trabalho,

As dores findam,

No requebrado que ela anda.

E não chora, nem se zanga,

Sorri!

A doce ternura de existir enquanto sangra.

Ah! Se eu pudesse eu salvava Mauriana.

Morena, brava, pernambucana.

É mãe, mulher, e o que quiser,

Na desventura de viver,

O corpo inflama!

O desapego é o sossego que faz cama.

Na face de quem sofre e não reclama.

Ao meu olhar ela se esconde,

Ao meu sorrir ela me chama.

_Cuida, menina! Cuida!

Ah! Se eu pudesse eu salvava Mauriana!

Rejane Alves
Enviado por Rejane Alves em 29/04/2015
Código do texto: T5224759
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