UM ARCO POÉTICO
ah... quanto ao poetizar: sempre o amar há...
ah... quanto ao amar:sempre o cativar há...
ah... quanto ao emocionar:sempre o respeitar há...
ah... quanto ao respeitar:sempre o caminhar há...
ah... quanto ao caminhar:sempre o afagar há...
ah... quanto ao afagar:sempre o serenar há...
ah... quanto ao serenar:sempre o poetizar há...
Adentro espaços virtuais e com eles teço um arco poético e metáforas muitas vezes insanas, como se no direito de bordar diálogos por entre seus pontos e vírgulas tão bem alinhavadas com minha alma.
Que busca insana é essa que à nada levará a não ser dessacralização do que sou fisicamente, como de eu me diluísse na maré dessa rede virtual, aonde irei com isso?
Para onde irão as palavras aqui escritas se não ao espaço cibernético em formas de números mau ditos e mau rimados, sem rumo, sem prumo, sem métrica, apenas números e bites...
Enquanto esfolo teclados assumo se inútil meu pranto momentâneo pois ele à nada levará, se não à manutenção incansável do que por hora sinto, e sinto muito, mas é só minha essa morada, trancada e por mim alvejada de poesia.
Nada resta se não o despertar à vida cotidiana e seguir por ruas que meus olhos lambem segredos, por entre praças que meus pés pisam chafarizes em flor, por pessoas que não mais sorriem pois não há mais luares em seus lábios...