Sem querer
Acende o cigarro,
premedita a chuva,
morde os lábios,
morde e amaldiçoa os cães,
transa,
transe,
descansa em paz
e deixa o oco das calçadas, amigo.
Acende os fósforos
e entrega teus olhares
à loucura dos sextos e sétimos,
às brincadeiras sem noção
do teu mundo e das pessoas.
Vai na fé, meu caro...
Sem pedras,
sem cuspe,
sem querer.