Sem pensar ou pensando de mais! (Eu na gaiola)
Pois aqui estou
longe de mim e perto do que sou
vendo o que fui e imaginando o que serei
falando sem pensar e pensando no que falar
essa confusão dilata minhas mentes,
dilata as minhas faces.
Porque não ser um feliz? Porque não virar a cara?
Porque talvez eu seja eu, ou quase isso ou quase nada...
Entre os lados da moeda, eu sempre escolho o do meio
sempre em cima do muro, há sempre um receio
houve sempre, talvez sempre haverá
Será?
Essa gaiola em meu peito é justificável
sou fruto da horta e colho o que já foi plantado
colho prisão, miséria, apatia, pensamentos deploráveis
coisa aqui e ali inimagináveis, colho história
trajetória, romance, alegria, festa, tristeza,
companhia e solidão, colho vida, morte e sempre a prisão
(sempre me auto censurando, coisa de humano).
Colho eu? Talvez não! Sou eu? Acho que não!
Acho que...
Não sou o que sou e em verdade eu nem sei o que realmente sou.
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Homens pássaros
Na gaiola, pássaro sem asas, podem abrir a porta, não voarei, já cortaram minhas asas,
predadores me esperam lá fora, aqui dentro eles me buscam, nesse sistema de homens lobo, são todos loucos.
Fico aqui dentro?.. Ou arrisco sair, bater minhas asas cortadas, e ficar sendo louco para os loucos?