Resoluto
Nossas coisas novas e velhas,
Passam pelos filtros dos sonhos;
Postamos o que nos dá na telha,
Faceiros pelo que compomos.
Mas tem hora que inspiração foge,
Com medo de certos absurdos;
Um risco breve, até que volte,
Rimas sem nexo ao ouvido surdo.
Ou para um olhar belo e quase cego,
Segue intercalando tantos poemas;
Tentando domesticar o próprio ego,
Entre pequenos e grandes dilemas.
Expostos em linhas breves e imaturas,
Repleta de um verde divino, absoluto;
Encalacrado no ser fraco, que não atua,
Mas permanece sólido, impávido, resoluto.