CONFISSÃO
Aqueles poemas curtos e concretos sumiram de minha mente.
Não consigo ser sintético ao ponto de matar uma charada
Com apenas uma pequena frase, num texto poético curto,
Concreto e sintético.
A prolixidade tomou conta de mim,
E não sei como entregar ao leitor
Um poema coeso e conciso,
Capaz de dar seu próprio recado,
Sem muito rodeio chato,
Que enche o saco de qualquer pessoa,
Ruim ou boa.
Na nossa língua escrita e falada
Aqui, acolá, lá ou na estrada,
É sempre assim:
Sou tão prolixo,
Coitado de mim!
Antes eu reduzia o universo
Em apenas um verso.
Hoje pego um verso
E faço um universo.
• Poesia publicada em 1999 no livro: “Êxtase de Dor”.
• Abraços a todos que visitam meu canto no Recanto. Que Deus ilumine cada passo de todos vocês!
• Aires José Pereira