CONFISSÃO

Aqueles poemas curtos e concretos sumiram de minha mente.

Não consigo ser sintético ao ponto de matar uma charada

Com apenas uma pequena frase, num texto poético curto,

Concreto e sintético.

A prolixidade tomou conta de mim,

E não sei como entregar ao leitor

Um poema coeso e conciso,

Capaz de dar seu próprio recado,

Sem muito rodeio chato,

Que enche o saco de qualquer pessoa,

Ruim ou boa.

Na nossa língua escrita e falada

Aqui, acolá, lá ou na estrada,

É sempre assim:

Sou tão prolixo,

Coitado de mim!

Antes eu reduzia o universo

Em apenas um verso.

Hoje pego um verso

E faço um universo.

• Poesia publicada em 1999 no livro: “Êxtase de Dor”.

• Abraços a todos que visitam meu canto no Recanto. Que Deus ilumine cada passo de todos vocês!

• Aires José Pereira

Aires José Pereira
Enviado por Aires José Pereira em 17/04/2015
Código do texto: T5210192
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