Nova ótica
Nova ótica
Trocadas as lentes,
a vero, uma nova ótica...
Não foi por acaso que vieram-me enganos
ao crer que não estava só,
só por um fio...
Ilógica e com incertezas
a morte não nos traz provas,
mas à sobrevida,
ao inconcebível, caem máscaras...
Às páginas viradas,
à tragédia incólume,
a indiferença é inevitável.
Há irreparáveis reflexos de mágoas,
de decepções...
Com as rasas palavras
de imóveis gestos,
cegaram-me os olhos da alma,
petrificaram-me o peito,
os anjos dissimulados
que surgem só na estiagem
pra anunciarem
um falso dispor.
15/04/2015