O luar...a brisa...a imensidão do mar...
Poderiam inspirar-me as mais belas reflexões
Tirar-me de dentro do casulo,
Onde insana expurgo matéria humana
Tentando virar borboleta...
O verde das montanhas...o azul do infinito...
Poderiam criar atalhos...sensações perfeitas
E impedir que eu caia em queda livre
Em abismos de visões distorcidas,
Onde em desvairo, desato nós desfeitos
No afã de decifrar enigmas...
A noite de intensa paz... o silêncio que vibra
Poderiam assombrar a mesmice dos meus dias
Mostrarem-me fronteiras secretas e vazias
Onde livre eu alcançaria a carta de alforria
dos meus ais!
Meu coração, repleto de sequelas indolores
permanece imune as dores...
Em compasso profético...aguarda
Em batimentos toscos...
O que me resta, senão a espera...
do luar de Agosto ??!?!!!